How to get away with Murder

Calma gente, não estou pensando em fazer nenhuma loucura depois da postagem anterior, isso não é uma pesquisa de campo! É o título do “novo” seriado de Shonda Rhimes, a brilhante criadora de Grey’s Anatomy. Me convidei para escrever sobre seriados em um jornal da região, não sei ainda se a minha oferta será aprovada, mas percebi que, apesar de assistir diversos seriados, nunca fiz uma resenha ou crítica sobre nenhum deles. Na verdade não sou muito boa em falar mal das coisas – pelo menos não escrever – por isso escolhi esse, que, em minha opinião e julgando pela primeira temporada, é o melhor seriado da atualidade. Bom, “crítica” começa no próximo parágrafo =P.

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As noites de quinta-feira na Sony agora tem nome e sobrenome: Shonda Rhimes. Sua mais nova criação “How to Get Away With Murder” estreou em março nas telinhas brasileiras, mas desde setembro do ano passado já está no ar no canal ABC (e disponível na internet). O final da primeira temporada passou antes mesmo da estreia brasileira e só existe um comentário perfeito para descrevê-lo: assista!

A série se utiliza de duas linhas do tempo, em um clima bem tarantinesco (sim, eu ouso comparar). Cada episódio mostra um caso da advogada e professora Annalise Keating (Viola Davis), que selecionou cinco de seus alunos para trabalharem como seus estagiários. A matéria que ela ensina é Introdução ao Direito Penal, ou como ela gosta de chamar “Como se safar de um assassinato” (citação que dá nome ao seriado).

Enquanto isso, a outra linha do tempo é sequencial e invertida. Você não vai conseguir entender nada se não assistir desde o começo, aliás, nem assim, já que ela está correndo ao contrário. Começa com um assassinato no qual os estagiários estão envolvidos (calma, isso nem é spoiler, é a primeira cena), em um clima tensão misturado com uma grande festa universitária ao redor da fogueira.

Você passa cada episódio esperando que as duas linhas do tempo se encontrem, acreditando que esse será o momento em que sua cabeça irá explodir, mas não, Shonda espera até o a última cena do final da temporada para espalhar seus miolos na parede! Uma trama muito bem construída e sem esquecer de trabalhar aquilo que Shonda faz de melhor: os personagens.

A equipe de Annalise é formada por dois profissionais: a aparentemente insegura Bonnie (Liza Weil) e Frank (Charlie Weber), apresentado como uma espécie de “faz-tudo”. E os estagiários: Wes (Alfred Enoch), o ingênuo aluno de repescagem com o qual Annalise cria uma relação meio que maternal; Connor (Jack Falahee), o sedutor – também aparentemente – sem escrúpulos; Michaela, a garota com a vida perfeita que vê tudo desmoronar e se descobre assim sua força; Laurel (Karla Souza), a misteriosa e com sérios problemas familiares; e Asher (Matt McGorry), filho de um juiz, mas do qual ninguém espera muito.

De brinde temos o amante de Annalise, o detetive Nate (Billy Brown), que ainda não consegui perceber qual é a desse cara; o marido traidor, o professor Sam Keating (Tom Verica), personagem bastante controverso, que vai do amor ao ódio em poucos segundos – não é a toa que é psicólogo – e a “cliente principal”, a traficante acusada de assassinato Rebecca Sutter (Katie Findlay), que também parece ter múltiplas personalidades, esperta em alguns momentos e uma perfeita idiota em outros.

Colocando pessoas tão diferentes, com vários objetivos em comum e em momentos em que o que vale é salvar a própria pele; em uma trama na qual achar uma brecha na lei é o tema da aula e com assassinatos acontecendo a cada capítulo, temos o vencedor de Melhor série de Drama do GLAAD Media Award e Novo Drama Favorito do People’s Choice Award. Merecido Shonda… Esperamos que não deixe essa construção desmoronar como fez em Scandal.

Ah, vou mandar só um spoiler: Shonda também é conhecida por suas intensas cenas de “amor”, nesse caso as cenas ficam por conta de um personagem homossexual, mas quem é eu não conto =X.

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